Como ontem acabei ficando cansado, estufado de tanto comer e não querendo fazer muita coisa, fui dormir cedo e, por conseguinte, acordei cedo. Antes das tradicionais 8h00 eu já estava de pé.
No jantar da noite anterior degustei uma lasanha com um molho apimentado, muito bom. Pisco Sour, só pra variar. Água de chave, ou seja, da torneira e meia garrafa de vinho tinto.
Foi bom eu ter levantado cedo, assim tive tempo suficiente para guardar 3 taças de vinho na mochila, embrulhadas em muito papel (jornal) e plástico bolha.
O café era servido só às 8h mesmo, desci, comi, vi mais umas coisas na internet, mandei e-mails e era preciso seguir viagem.
Depois de 25km, cheguei na Anakena
Com tudo na bicicleta pedalei até o terminal Alameda. Chegando lá, me arrependi de não ter comprado a passagem ontem, estava muito lotado, ao contrário das ruas extremamente vazias. Como a bicicleta estava na mala-bike, deixei-a num canto onde eu poderia ver e fiquei na fila pra comprar a passagem. Foi bem em cima da hora, comprei pra um ônibus que saía em menos de 5 minutos. E como eu já vi antes, eles são pontuais e era preciso andar um bom trecho até o embarque, com todas as bagagens.
Esse tempo extremo foi por que fiquei numa fila onde estava escrito Todos Os Destinos, mas não tinha pra Rancágua, me informaram errado, eu tinha perguntado se era naquela fila mesmo, mas não era. Fui pra outra fila e aí deu certo. Cheguei na fila às 9h37, comprei a passagem às 9h55, embarquei às 10h00, logo depois o ônibus saiu.
Como eu havia colocado as coisas na bike, pedalado, guardado a bike na mala-bike, corre pra um lado, corre pro outro, corre pro ônibus, eu estava um pouco suado. Mas logo me refresquei no ar-condicionado e bebi bastante água na CamelBak.
Durante o trajeto, apesar de ter placas indicando que não se pode andar de bicicleta, vi alguns cicloturistas. O problema é o sol e a camada de ozônio mais fina.
Em Rancágua fiquei no hotel España (mesmo nome do hotel de Santiago, porém não é de nenhuma rede e era pior). Deixei as coisas no quarto e pedalei 25km pela rodovia norte-sul, até o vinhedo de Anakena. Um lindo lugar aos pés da cordilheira dos Andes.
A cordilheira dos Andes ao fundo deixa tudo mais especial
Eu havia agendado uma visita para às 17h, pois não sabia o quanto iria demorar. Acabei chegando às 15h. É, bem rápido. Falei com o porteiro e ele me mandou esperar num mirante. Inclusive era perfeito, pois via-se tudo mesmo. Devo ter ficado lá mais de uma hora esperando por alguém. Nesse meio tempo fui ao banheiro, comi, tirei foto, vi o mapa, fiz de tudo. Eis que surge Mariela, minha guia particular, pois só estava eu lá.
Descansando e esperando a Mariela, no mirante da Anakena
Ela mostrou novamente o processo de produção, armazenamento e toda essa coisa e fomos para a lojinha, onde ocorreu a melhor parte, a degustação!
A Anakena tem 4 linhas de vinhos e uma de sobremesa. Provei todos. Mesmo o mais barato estava ótimo. Comprei só uma camiseta e voltei os 25km depois de ter degustado os vinhos e sob o sol escaldante.
Sempre a melhor parte
Tomei um belo de um banho, pois é em situações como essas que vemos o real valor de um banho. E como a fome era enorme, proporcionalmente ao tamanho da pedalada, fui comer. Sábado em cidade pequena não é muito legal, mas encontrei um shopping Center onde tinha uma boa praça de alimentação. Comi no KFC (com a foto do Coronel Sanders), o bom é que vendem cerveja. Dei mais uma volta pela cidade, que apesar disso, era muito linda, ao ver no horizonte a cordilheira.
De acordo com a recepcionista do hotel, é possível ir até San Fernando (meu próximo destino) de trem. Fui me informar melhor sobre isso, como era pra levar a bike e tal. 500 pesos, cerca de 2 reais, era o preço dessa viagem, que tem cerca de 50km de distância.
Eu poderia ir pedalando, mas não sei se daria tempo pra fazer tudo o que quero, e o tempo está chegando ao fim.